De acordo com um balanço da agência sanitária da União Europeia (UE), até o dia 25 foram confirmados 219 casos de varíola no mundo. No total, 19 países onde a doença não é habitual, a maioria da Europa, relataram ao menos um caso confirmado, indicou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). O número total de casos registrados pelo centro quase quintuplicou desde seu primeiro relatório, de 20 de maio, em que a agência apontava 38 infecções.

A varíola do macaco, como é conhecida, é uma doença que apresenta patologia semelhante à varíola humana, do ponto de vista clínico. O início da doença aconteceu em 1958, com a infecção de macacos e, posteriormente, o primeiro caso em seres humanos foi identificado em 1970. A partir disso, o vírus tem aparecido em casos de surtos, sendo que o último foi em 2003, numa população de macacos que estava em cativeiro nos Estados Unidos.
 
A transmissão da varíola do macaco acontece por meio de contato dos seres humanos com lesões de macacos. Também pode ser transmitida por meio da mordida do macaco ou até mesmo dos ratos gigantes da África, que residem em um reservatório no país e que podem ter tido contato direto com as lesões dos macacos. Entre os seres humanos, a transmissão se dá pelas secreções, pelo contato íntimo com o sêmen, urina e por meio de partículas respiratórias. 
 
Os principais sintomas são: dor de cabeça, febre em torno de 38º e dor muscular com duração de três a quatro dias. Uma erupção cutânea (em forma de bolhas) geralmente aparece 3 a 5 dias após o início dos sintomas e pode se espalhar do rosto para o tronco e extremidades. De acordo com o professor de infectologia do Centro Universitário São Camilo, Robert Fabian Crespo Rosas, ainda não existe tratamento eficaz para a doença. “Hoje em dia, temos disponíveis alguns antivirais efetivos para o tratamento das varíolas com cobertura muito efetiva. Porém, ainda não houve oportunidade do seu uso no âmbito clínico, pois não tivemos evidência de casos em grande quantidade que permitissem o uso destes antivirais”, disse o professor, alertando para a chegada da doença no Brasil em aproximadamente uma semana.

Pesquisadores na Espanha fizeram um sequenciamento genético do vírus e constataram que, em comparação ao vírus original da família do macaco na África, esta nova variante tem 50 mutações diferentes. Mas, por enquanto, não é possível determinar se essas mutações têm a ver com a gravidade ou maior taxa de disseminação.

Eles ainda indicam que o mais importante, neste momento, é que as pessoas que apresentarem sintomas procurem o serviço médico e realizem o isolamento. O uso de máscara ajuda na prevenção da doença. 

Autor: Tatiana Silva
Data: 28/05/2022

Fonte: O NOVO | ciência e saúde 
Link: https://onovo.com.br/ciencia-e-saude/variola-do-macaco-chega-em-uma-semana-diz-especialista

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