Sobre o Curso

A sociedade tem aberto, cada vez mais, espaço para o sentimento e o exercício de cidadania da usuária e do usuário dos serviços de saúde, assim como para os consumidores e consumidoras, os quais podem questionar seus direitos na busca por um atendimento que garanta sua autonomia, atenção digna com diálogo que os inclua na análise de suas demandas e justiça.

Pesquisas comprovam que uma melhor relação entre profissionais envolvidos com a área da saúde e os pacientes não tem somente efeitos positivos na satisfação da cidadã/do cidadão e na qualidade dos serviços prestados, mas exerce influência direta sobre o estado de saúde do paciente.

Esse processo relacional é multidimensional, complexo e demorado, pois envolve mudança de comportamento, de atitude e de formas de pensar. Uma prática humanizada, inclusiva, que respeite a diversidade; que valorize o senso de pertencimento resultará em uma nova abordagem de assistência em saúde seja pública ou privada.

A prática humanizada deve ser vista como a capacidade de oferecer atendimento de qualidade, articulando os avanços tecnológicos com o bom e respeitoso relacionamento. A linguagem das/dos profissionais precisa incluir o paciente na rede de diálogo.

A Política Nacional da Humanização (PNH) propõe que as práticas humanizadas, em todo o processo de atendimento, tenham parâmetros de abrangência em três grandes áreas: 1. Acolhimento e atendimento dos usuários; 2. Trabalho dos profissionais e 3. Lógicas de gestão e de gerência.

Acolhimento é uma das palavras mágicas no processo de atendimento. Ele não é um espaço ou um local de atendimento - como é comumente entendido, mas uma postura ética: ele não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo. Não se constitui como apenas uma etapa de um processo, mas como uma ação que deve ocorrer em todos os locais e momentos do serviço de saúde. Ele implica atuação multiprofissional, compartilhamento de saberes, de angústias e de invenções.

As palavras diversidade e inclusão são complementares. Diversidade pode ser definida como o conjunto das diferenças humanas, as quais podem se relacionar a características visíveis como idade, gênero, deficiência e origem étnica, ou a características invisíveis, como status socioeconômico, civil e orientação sexual. O preconceito em relação ao que se pressupõe diferente e a desigualdade social afetam grupos sociais, em especial as minorias, em todas as esferas. A área da saúde não fica de fora desse contexto.

Inclusão se refere a um sentimento cultural e socioambiental de pertencimento – outra palavra mágica no processo das relações interpessoais e do atendimento. Ela pode ser dimensionada a partir do monitoramento da forma como as pessoas na sociedade e as funcionárias e os funcionários de uma organização são respeitados, valorizados, aceitos e encorajados a participar de suas comunidades e dos espaços de trabalho. Esse conceito escorre para os atendimentos às cidadãs e aos cidadãos.

A dupla diversidade e inclusão somada às práticas humanizadas precisam se fazer presentes, de forma emergencial, quando debruçamos nosso olhar para a área da Saúde, uma vez que impactam diretamente na qualidade de vida das pessoas.

É preciso que se discuta o papel que a comunicação produtiva, inclusiva e humanizada tem nos processos de atendimento e nas relações interpessoais internas. Para que ela possa atuar de forma eficiente, comportamentos precisam ser desenvolvidos e valorizados, por isso, a argumentação, para ser eficiente, tem de partir do exercício da empatia, da disponibilidade de ouvir verdadeiramente o que os interlocutores têm a dizer; do ter o que dizer, utilizando linguagem simples e inclusiva.

É preciso que se discuta, por exemplo, sobre as dificuldades e os preconceitos enfrentados por pessoas com deficiência nos locais e nos atendimentos de saúde; sobre o desrespeito e os constrangimentos que pessoas negras, mulheres, imigrantes, transexuais, gays vivenciam ao longo de sua jornada por saúde – inclusive em relação à linguagem usada. É preciso que se disponibilize canais de denúncias como suporte, também, para os casos de assédio moral e sexual.

Objetivos:

Proporcionar espaço de discussão e de análise, tanto da comunicação oral quanto da comunicação escrita, na busca por uma comunicação produtiva, humanizada, simples e inclusiva, que respeite as diversidades nos ambientes que têm a função de cuidar da saúde de pessoas.

 

 

Mensalidade
R$ 300,00

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  • Curso Online ao vivo
  • 19h00 às 22h00
  • de 03 a 31/10/2023
    • Carga Horária: 32 horas 
      Vagas: 50 vagas 
      Período de Inscrição: Até  28.09.2023
      Investimento: R$ 300,00

      • Alunos e Egressos São Camilo terão 15% de desconto na primeira parcela / parcela única 


Coordenação

Maria Lumena Balaben Sampaio

COORDENAÇÃO TÉCNICA Advogada, Especialista em Gestão…

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