Área de constante atrito, as axilas também podem sofrer escurecimento por conta da depilação. Mas existem novidades para tratar essa alteração estética. Erika Januza ganhou a internet ao revelar ter passado pelo procedimento
Por: Paula Barros
Data: 15/04/2021
Recentemente, Erika Januza surgiu no Instagram pedindo dicas aos internautas de como fazer um clareamento da pele das axilas. Na quarta-feira (13.04), a atriz retornou à rede social para contar a boa nova: passou por um tratamento dermatológico que resolveu completamente a questão estética que tanto lhe incomodava.
Compartilhando o resultado do antes e o depois, a mineira de 35 anos mostrou o resultado da região já sem as manchas escuras naturais e fez um longo relato explicando o quanto o visual anterior afetava a sua autoestima e bem-estar: "Raramente fazia fotos com os braços para o alto e se fazia, rejeitava todas."
Mas você sabe o que causa o escurecimento das axilas? Vogue Brasil conversou com especialistas e entrega tudo o que você precisa saber. Continue lendo.
O que é?
"Hipercromia de áreas de dobra é uma queixa comum nos consultórios. Axilas escuras trazem frequentes reclamações das pacientes. A maioria das manchas nas axilas é constitucional, ou seja, é uma característica da pele, principalmente fototipos altos (morena escura e negras). No entanto, algumas doenças como diabetes e obesidade podem piorar o quadro. A depilação constante com lâmina ou cera inflama a região e por conta disso pode piorar as manchas nas axilas, por essa razão, sempre recomendo a depilação a laser", explica o dermatologista Dr. Daniel Cassiano.
Quais as causas?
O escurecimento das axilas, que são áreas de contato, pelo atrito frequente, pode ocorrer devido a uma resposta inflamatória que estimula a produção de melanina (hiperpigmentação pós-inflamatória). “O atrito frequente leva a um espessamento da pele, que acaba escurecendo. Isso pode ocorrer em qualquer pessoa, porém, aquelas que possuem síndrome metabólica (pré-diabetes ou diabetes) ou pele mais morena, são mais afetadas”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff.
Outro motivo desse escurecimento é a depilação das axilas com cera e lâmina, um hábito frequente de muitas mulheres, que preferem evitar os pelos em regiões mais aparentes. “A depilação agride a pele, o que causa, como resposta, um processo conhecido por hipercromia pós-inflamatória. Neste processo, a pele machucada passa a produzir maior quantidade de melanina, provocando assim o aumento da pigmentação com consequente formação de manchas na área”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr.
“De todo o material removido com a depilação 30 a 40% é pele. Isso gera uma inflamação, com produção de melanina, que causa a mancha. Além disso, após a depilação, as pessoas ainda aplicam antitranspirantes comuns, que são feitos com sais de alumínio. Esse ingrediente possui pH ácido, o que aumenta ainda mais a irritação, a inflamação e a produção de melanina”, explica o farmacêutico Maurizio Pupo.
Como prevenir?
"Para prevenir, é recomendado sempre deixar a região bem hidratada e tratar os pelos encravados caso apareçam. Evite o uso de desodorantes à base de álcool que provocam maior irritação, além do uso da cera depilatória que pode muitas vezes hiperaquecer a região levando a hipercromia pós inflamatória. Mas vale ficar atento, pois a mancha da axilas pode voltar. A manutenção com os clareadores é bem importante", explica a médica Dra. Roberta Padovan.
Quais os tratamentos disponíveis?
Segundo a Dra. Paola, a prevenção pode ser feita evitando o atrito, mantendo as axilas arejadas e diminuindo a frequência de procedimentos agressivos como depilação. “O ideal, seria a depilação a laser, que não agride a pele e resolve o problema definitivamente. Se não for possível, após a depilação 'comum', utilize produtos calmantes e reparadores”, explica a dermatologista.
Por fim, a Dra. Paola explica que, existem também outros tratamentos, desde cremes clareadores até peelings. “A escolha vai depender com o grau de escurecimento, tempo de evolução e causa. Os resultados são individuais e variam de paciente para paciente”, finaliza a médica.
"Na maioria dos casos é necessário o uso de clareadores tópicos. Vale que ressaltar que a região, por ser mais sensível não tolera altas concentrações de ácidos e é muito importante sempre hidratar a pele antes de aplicá-los. Em casos mais graves peeling (retinoico, tricloroacético, lático...) e laser complementam o tratamento", diz Dr. Daniel Cassiano .
Laser pode ser utilizado?
Uma das novidades para tratar de maneira efetiva essas manchas é o laser de picosegundos Pico Ultra 300, considerado o tratamento padrão ouro. “Figurando entre os tratamentos mais eficazes para a uniformização do tom da pele, o Pico Ultra 300 é um laser ultrarrápido que trabalha com pulsos em picosegundos para garantir o tratamento de manchas, com alta segurança, menos dor e desconforto e número de sessões reduzidos”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão.
Podendo ser realizado em todos os fototipos de pele, o Pico Ultra 300 age através de um efeito mecânico capaz de causar uma microfragmentação no pigmento responsável pela formação das manchas, que é então eliminado pelo organismo mais facilmente. “Uma das grandes vantagens do equipamento está justamente no fato de trabalhar por meio de reações fotoacústicas sem que haja conversão para um efeito fototérmico, o que possibilita o uso de energias altíssimas para potencializar resultados, mas com desconforto reduzido e sem risco de causar efeito rebote, com consequente piora da condição”, afirma o especialista. Pico Ultra 300 apresenta resultados já na primeira sessão, mas, no geral, são recomendadas de duas a quatro sessões, com intervalos mensais entre cada uma delas.
Outra alternativa é o laser Vektra QS. A tecnologia do laser Vektra QS, utilizada para tratar manchas, emite uma alta fluência com uma duração de pulso muito curta. “Ou seja, o dispositivo entrega uma alta energia em curtíssimo espaço de tempo. Como essa duração é menor que o tempo de relaxamento térmico do pigmento melanina, o laser consegue destruir o pigmento em micropartículas, o que facilita a eliminação pelo organismo”, explica o dermatologista Dr. Luis Henrique Moura. O tratamento é indolor e o número de sessões varia entre três e seis sessões, dependendo da gravidade do quadro.
Fonte: Vogue Globo
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