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Agosto Dourado - Mês do Aleitamento Materno

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Em comemoração ao mês do aleitamento materno, ou seja, o Agosto Dourado, as docentes do curso de enfermagem, Profa. Me. Fernanda Marçal Ferreira e Profa. Dra. Léa Dolores Reganhan de Oliveira,  além da coordenadora do curso de enfermagem Profa. Dra. Maria Inês Nunes, comentam sobre a importância dessa ação. 

"Atualmente, observamos um movimento crescente e coletivo no sentido de conscientizar, incentivar e apoiar a prática do aleitamento materno. No Brasil, desde 2017, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio da lei nº13.435, instituiu agosto como o mês do aleitamento materno, ou seja, o Agosto Dourado. A finalidade desse feito é enfatizar a importância dessa nobre prática, mediante ações que incentivem e esclareçam a população em geral. É interessante ressaltar que o dourado, cor escolhida para campanha, faz menção ao "padrão ouro de qualidade" do alimento.

Neste ano, a World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) divulgou o tema “Proteger o aleitamento materno: uma responsabilidade compartilhada”, que está em consonância com as metas do Desenvolvimento Sustentável 2030, cujo foco principal é o estreitamento dos vínculos entre aleitamento materno e a sobrevivência, saúde e bem-estar das mulheres, crianças e nações. No entanto, face a tamanha movimentação, é necessário trazer à pauta algumas questões relacionadas à necessidade de o aleitamento materno também ser oportuno, prazeroso e benéfico à nutriz. Nesse sentido, afirmamos que amamentar é sinônimo de resistência, pois embora a imagem de um bebê sendo alimentado na mama materna pareça ser intuitiva e natural, asseguramos que existem inúmeros desafios a serem enfrentados no processo de aleitamento materno como recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Dentre os desafios, destacamos a romantização da imagem da nutriz, as concepções reducionistas sobre o caráter instintivo de habilidades para o manejo do aleitamento e até mesmo a cultura impregnada por práticas e crenças populares, que frequentemente estão associadas ao desmame precoce, permeando espaços que deveriam ser técnico-científicos. Por essas e outras razões, amplamente debatidas, é necessário esclarecer a população acerca dos verdadeiros benefícios do leite humano à saúde e bem-estar do lactente e da nutriz, bem como à promoção do desenvolvimento sustentável do planeta. Entretanto, torna-se indispensável que a rede de apoio familiar e social da nutriz esteja sensibilizada e comprometida em apoiá-la, gerando assim, condições propícias ao êxito do evento.

Ressaltamos ainda o quanto a gravidez e a amamentação são momentos vulneráveis, em especial, àquela que trabalha fora de casa, considerando sua necessidade de se afastar das atividades profissionais para dar à luz, se recuperar e amamentar seu filho. Por diversas vezes, essas trabalhadoras se sentem desprotegidas e com medo de perder os seus postos de trabalho, pois vivenciam a falta de respeito para com seus direitos. Este fato gera insegurança e está diretamente relacionado ao desmame precoce e por conseguinte, com agravos à saúde e bem-estar dessas mulheres e de seus filhos. Sendo assim, é importante instigar a proteção à maternidade de modo a possibilitar a amamentação, assim como capacitar as pessoas para a implementação bem-sucedida das práticas de aleitamento materno.

Por fim, damos destaque à recomendação da OMS quanto ao cumprimento das diretrizes padrão de alimentação infantil, mesmo durante a pandemia de COVID-19. Dentre as diretrizes estão o início da amamentação dentro de uma hora após o nascimento, a amamentação exclusiva até os bebês atingirem os seis meses de idade e a continuidade da amamentação juntamente com alimentos complementares saudáveis e adequados até os dois anos de idade ou mais. Essas diretrizes visam intensificar a amamentação e a interação mãe-bebê, prevenindo infecções, promovendo a saúde, bem como o desenvolvimento infantil, sobretudo, quando os serviços de saúde e outros serviços comunitários são interrompidos ou limitados.

Certamente, o ato de amamentar se trata de uma prática envolta a muita doação por parte da mulher, mas é preciso o envolvimento de todos no processo de proteção do aleitamento materno que deve ser, invariavelmente, expresso por meio da responsabilidade compartilhada." 

FONTE 

Profa. Dra. Maria Inês Nunes, coordenadora do curso de Enfermagem
Profa. Me. Fernanda Marçal Ferreira 
Profa. Dra. Léa Dolores Reganhan de Oliveira

REFERÊNCIAS 

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO. Pela primeira vez é comemorado oficialmente o Agosto Dourado. 2017. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/177-pela-primeira-vez-e-comemorado-oficialmente-o-agosto-dourado.

Acesso em 05 ago. 2021.

Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS / Organização Mundial de Saúde – OMS. Campanha da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2021. Proteger o aleitamento materno: uma responsabilidade compartilhada. Disponível em: https://www.paho.org/pt/campanhas/campanha-da-semana-mundial-do-aleitamento-materno-2021.

Acesso em 05 ago. 2021.

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