Carol e Betina, um encontro que representa o carisma e a vocação da Mulher Camiliana

Minha jornada se inicia em 2012 quando decidi cursar Terapia Ocupacional e passei no vestibular da São Camilo. Tudo era novidade e ao mesmo tempo um grande sonho. 

Conforme avançava no curso, fui me apaixonando pela profissão e conheci um novo amor chamado Narizes de Plantão. Um projeto de extensão do Centro Universitário São Camilo, responsável por transformar a vida de estudantes da área da saúde, por meio da linguagem do palhaço.

Confesso que foi algo despretensioso inicialmente, pois, eu não tinha a dimensão da importância da atuação do palhaço junto aos pacientes.

Fiz parte do projeto por dois anos, e precisei me dividir entre a faculdade e os Narizes até a minha formação em 2015 que relembro como um momento difícil, pois, finalmente iria me tornar Terapeuta Ocupacional, mas também era chegado o momento de me despedir do meu amado Narizes de Plantão.

Após o término do curso, precisei seguir meu caminho, mas, todo esse processo havia me mudado como pessoa e como profissional e, viver sem o palhaço já não era mais uma escolha. 

Foi então que decidi me inscrever no processo seletivo de uma ONG chamada Operação Arco Iris, a qual, realiza visitas em hospitais de forma voluntária, respeitando todos os preceitos da linguagem do palhaço. 

E não é que deu certo? Passei na seleção e me dediquei da forma que me dedicava aos Narizes. Minha vida estava preenchida novamente! 

Continuei meu trabalho com o projeto, mas, a inquietude seguia dentro de mim, pois, a Terapia Ocupacional é uma profissão que oferece um grande poder criativo ao profissional e meu sonho era juntá-la com a palhaçaria em minha atuação. 

Entre grandes encontros, comecei a trabalhar em uma instituição de idosos e encontrei uma antiga amiga, também camiliana, que conheci nos Narizes de Plantão, a Thaís Martins. Fisioterapeuta e formada em fotografia, e eu Terapeuta Ocupacional e palhaça. Foi sem dúvidas um encontro muito feliz.

Com a pandemia os idosos, até então, considerados como sendo um público extremamente vulnerável, precisavam se manter isolados, sem a visita de seus familiares. A televisão era praticamente o único atrativo e os noticiários eram bastante assustadores. Senti uma enorme necessidade de fazer algo para melhorar esse cenário e trazer um pouco de distração e esperança para eles.

Ao invés de ignorarmos tudo isso, eu e a Thaís nos juntamos e buscamos uma ideia criativa para oferecer qualidade de vida aos idosos. Criamos então, dois programas de televisão apresentados por minha palhaça Betina: um entrevistando os colaboradores do Lar, onde esses compartilhavam suas histórias relatando como estava o processo com seus familiares e o outro entrevistando os próprios idosos, colocando-os em evidência e em protagonismo. 

Foi uma forma leve de transformar o dia a dia deles, com uma programação saudável e de qualidade. Os idosos compartilhavam sentimentos e conseguiam rever os colegas, que até então não era possível. Todo esse processo compunha a minha agenda de trabalho, eu consegui me realizar profissionalmente e também como Betina.  

Os idosos, meus colegas e minha liderança entenderam a importância e o objetivo desta ação e com o apoio deles realizamos um belo trabalho.

Atualmente vivo uma ambiguidade gostosa por ser Carol e Betina num mesmo lugar.

Costumo dizer que estamos no presente onde deveríamos estar, e quando olho para trás e vejo que toda a minha trajetória me trouxe justamente para o lugar certo. E assim, eu quero seguir: transformando os instantes daqueles que encontro e deixando o mundo um pouco melhor de se viver. 

Me orgulho em ser Terapeuta Ocupacional, Palhaça, Mulher e Camiliana.

Obrigada ao NACE por me escolher como exemplo de Mulher Camiliana neste dia Internacional.

Carolina Donato
Egressa do Curso de Terapia Ocupacional

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