Falta de saneamento afeta saúde, economia e educação, destaca especialista

Durante a “Retrospectiva COP XXIII – Interfaces com a saúde”, que reuniu estudantes e especialistas da área no Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, esta semana, o especialista em gestão de resíduos sólidos urbanos, Rodrigo Oliveira, traçou o cenário atual do saneamento básico no país e enfatizou como este tipo de deficiência afeta a saúde e o rendimento da população.

“O Plano Municipal de Saneamento Básico ainda não é realidade na maior parte do país, visto que 58,5% dos 5.570 municípios não o desenvolveram, mais de uma década depois. Com isso, estudos mostram que 35% das cidades sofrem com doenças ligadas à falta de saneamento, crianças têm rendimento escolar 18% menor, um problema social grave, que também atinge a economia”, diz Rodrigo. “Para cada US$ 1 investido em saneamento, a Organização Mundial de Saúde estima um retorno de quase seis vezes, considerando menores custos de saúde, aumento da produtividade e menos mortes prematuras. Segundo as novas diretrizes da OMS, os países podem reduzir significativamente as mortes por diarreia devido à falta de água, saneamento e higiene”.

A solução para o esgotamento sanitário, segundo ele, exigiria recursos financeiros estimados em R$ 149,5 bilhões, nos próximos 17 anos, para atender os brasileiros, estima a Agência Nacional de Águas (ANA). De acordo com o especialista, um dos pontos fundamentais que todos podem colaborar agora para amenizar os impactos negativos é a redução substancial na geração de resíduos e o uso eficiente de recursos naturais. “A disposição incorreta de resíduos ocasiona aumento da incidência de enchentes, contaminação das águas e aumento de vetores de doenças”.

Levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), divulgado em setembro, comprova que a quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados cresceu, chegando 78,4 milhões de toneladas em 2017, aumento de 1% em relação a 2016. O índice per capita também subiu, em 0,48%. O principal ponto de atenção é o aumento de municípios que dão destinação inadequada ao lixo: 1.610 descartaram em lixões (3% a mais que o período anterior). Segundo a própria Abrelpe, seriam necessários R$ 10 bilhões para acabar com os lixões, que devem ser extintos nos próximos três anos.

“Os depósitos a céu aberto causam extremos danos à saúde e ao meio ambiente. O material depositado nos lixões gera gases do efeito estufa e contaminam o lençol freático. Estima-se que o custo disto, em termos financeiros, chegará a R$ 30 bilhões até 2021 para os municípios. É uma questão urgente”, conclui.

Sobre a FRAL Consultoria Ltda.

A FRAL Consultoria foi fundada em 1999 pelo Engenheiro Civil e mestre em geotecnia, Francisco José Pereira de Oliveira. Atualmente, é presidida pelo Mestre em Sustentabilidade, Rodrigo Oliveira, e atua no desenvolvimento de projetos nas áreas de Engenharia Civil e Meio Ambiente. A empresa de engenharia é especializada projetos ambientais com foco em resíduos sólidos, recursos hídricos e geotecnia.

 

Fonte: Surgiu 07/10/2018, Por: Amanda Oliveira

 

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