Em um mundo cada vez mais veloz na produção de conhecimento e transmissão das informações, ganha cada dia mais importância o trabalho conjunto entre médicos de diferentes especialidades e profissionais da área da saúde, como médicos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas.

Daniela Carvalho, médica brasileira professora do Departamento de Cirurgia da Universidade da Califórnia, explica que vivemos hoje o que se chama de a era Medicina Baseada em Evidências. Por meio dela, coloca-se que médico deve utilizar os conhecimentos científicos mais atuais para tomar suas decisões no tratamento ao paciente. A necessidade crescente de aprofundamento e atualização dos conhecimentos, portanto, transforma a forma de trabalho e aumenta a necessidade do trabalho conjunto.

“A medicina moderna passa pela subespecialização, ou seja, hoje os médicos sabem muito, mas sobre uma área pequena, a sua área de atuação”, defende a profissional. Nesse contexto, não basta especializar-se: é preciso saber atuar em equipe, unindo conhecimentos complementares.

Atingir a excelência no atendimento no mundo atual, portanto, significa aprofundar a colaboração e comunicação. “Se, por um lado, os profissionais buscam a especialização, do outro, é preciso unir as especialidades para ter um olhar global e integrado do paciente. Esse é o foco de trabalho da equipe multidisciplinar”, defende a professora Lucy Aintablian Tchakmakian, coordenadora de eixos institucionais do Centro Universitário São Camilo.

A possibilidade de trocar experiências e conhecimentos se converte no atendimento mais qualificado ao paciente, aumentando a eficácia e agilidades dos processos. As especialistas apontam, entretanto, que os benefícios vão além: impactam positivamente a atuação dos próprios profissionais. “Só temos a ganhar. As pessoas são especialistas naquilo que estudaram, mas, trabalhando em equipe, um aprende com o outro, é uma via de mão de dupla”, afirma Lucy.

A atuação multidisciplinar na saúde cada vez mais se consolida como modelo de trabalho em diferentes partes do mundo. Para colocá-lo em prática, Daniela aponta duas medidas consideradas essenciais: entender que as pessoas trabalham melhor quando trocam conhecimentos e aprender a se comunicar com outros profissionais. “Somos ensinados a trabalhar sozinhos e precisamos aprender que somos mais eficazes em conjunto”, defende Daniela.

O trabalho multidisciplinar muda a rotina de trabalho das equipes e exige adaptações por parte dos profissionais. O diálogo, nesse processo, é vital. “Esse modelo demanda tempo, é preciso conversar, fazer reuniões… Mas não há como fugir: essa é uma realidade. As pessoas precisam estar abertas para desconstruir o seu saber e reconstrui-lo no contato com a equipe”, finaliza Lucy.

Por Equipe Conexão
Editor Conexão Seguros Unimed

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